Dia negro

Há dias menos bons. Outros completamente para esquecer. Há muito que não me corriam tantas coisas mal.

Dia de trabalho que poderia parecer normal. Até receber folhetos que estavam dobrados ao contrário, mal impressos, enfim... Levar 6.000 folhetos à papelaria para dobrá-los, com o Benjamin, num pequeno carrinho de mão. Chocar contra, provavelmente, o único carro de Paris com o canhão da fechadura de fora e ficar com uma nódoa negra como não tinha desde a única vez em que fiz snowboard na vida!...Chegar a reprografia e perceber que houve uma falha de comunicação e afinal não fazem o trabalho. Voltar para trás e chocar com o carrinho num passeio, espalhar folhetos por todo o lado mesmo em cima de um dos habituais riachos à borda das estradas. Voltar para casa tarde, com o pensamento numa corrida para gastar energias. Receber a notícia de que o interruptor da casa de banho (logo agora que finalmente tinha mandado arranjar o autocolismo!) derreteu e o botão não funciona. Sair para comprar os utensílios necessários e agradecer ao Bruno por ter conseguido uma solução provisória mas que corre o risco de deixar de funcionar de um momento para o outro. Arrumar a casa de uma ponta à outra para receber a família. Deixar cair os frascos todos na cozinha e partir a cerâmica do fogão. Dormir para esquecer.